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Descrição

Quem nunca proclamou em bom tom: No meu tempo, alunos respeitavam professores e filhos respeitavam pais. Certamente, o valor do respeito é inegavelmente necessário às relações entre as pessoas. Sempre foi. Contudo, a queixa atual, principalmente de quem educa, é a de que as crianças e adolescentes de hoje não têm mais respeito. O fato é que as condições que se estabelecem para o fortalecimento desse valor são ambíguas: pretendemos todos os anos, em nossos planos escolares, que nossos alunos sejam autônomos. Mas, ao mesmo tempo, esperamos que esses mesmos alunos nos respeitem por obediência. Ora, se conhecermos a gênese desse valor, saberemos que todo valor é um investimento afetivo, portanto, o respeito é um investimento natural quando a criança é pequena, uma mistura de amor e medo do castigo diante de quem sabe mais: a autoridade. Porém, a construção progressiva de uma personalidade moral sugere que esse mesmo respeito seja investimento de outros sentimentos: amor, admiração e vergonha de decair aos olhos do outro e aos próprios olhos. Altera-se toda a lógica de conseguir que nossos alunos nos respeitem, a pais e professores: é porque somos eleitos como alguém a quem confiar, a quem admirar (porque somos aqueles que permitem escolhas, que permitem a manifestação de sentimentos) que somos respeitados. O fato é que não somos os únicos que merecem o respeito. Meninos e meninas convivem com seus pares e precisam deles para que possam se fortalecer como alguém também de valor. E quando falta o respeito. Um grande problema se instaura na convivência, bem como na identidade de quem se envolve nessa forma sutil de violência: o bullying ou, na esfera virtual, o cyberbullying. Em nome do que nos torna melhores, o desejo desta obra é que saibamos tratar aquilo que nos é mais caro: o respeito à dignidade do ser humano.